Um amor simples nascido desde a fase pura de suas vidas e uma segunda chance pra amar... dois homens apaixonados e que não medem esforços pra trazer até mesmo a lua para as suas garotas.
Leer másEle estava sentado na sala de estar da casa de seu amigo, ele observava ao amigo explicar pra uma menina de doze anos o porque não a levaria na viagem à praia.
Na sua vida sempre foi sozinho, sua mãe estava sempre trabalhando, seu pai havia se mudado a dez anos quando ele ainda tinha oito anos para gerenciar uma clínica de medicina natural em família, até começar a estudar com Saul, ele não sabia o que era ter fraternidade e outras pessoas cuidando ou se importando de e com você, pois quando o amigo entrou em sua vida toda a sua família veio no pacote, uma mãe preocupada, um pai incentivador e ainda incluindo uma menina cheia de curiosidade, sonhos e vida. -Sol, essa viagem é pra comemorar nossa formatura e a nossa ida pra faculdade, mas eu prometo que trarei presentes, muitosss... -Também vou trazer algo bem legal pra você Pirralha.-assim os dois perceberam qual era real intenção daquela garota sorridente e malandra. Assim eles dois saíram, para um fim de semana diferente que seria a despedida de uma etapa em suas vidas. ... Ele não era muito fã em viagens de grupos, mas Saul o havia convencido, e naqueles dois dias ele viu seu amigo agarrar metade das meninas que apareciam, sejam ex-colegas quanto as garotas de outras escolas. Saul era um garoto com porte de atleta, olhos verdes como de sua mãe, era simpático, educado e muito inteligente, um perfeito lord. E pela primeira vez ele tirou os dias pra não pensar em nada muito concreto e ao mesmo tempo em tudo, ele também resolveu ficar com algumas garotas, pois depois iria começar a faculdade e teria que manter o foco. No último dia ele passou números falsos para as garotas não o tirarem de seu objetivo e também porque nenhuma merecia mais sua atenção. Ele sabia que era cruel, mas mais cruel era manter uma mentira. ... Quando chegaram na cidade os pais de Saul o esperavam, depois iriam buscar Sol em uma festa de uma amiga. Eles dois foram para a parte de trás da casa a procura da pirralha, ela estava sentada na borda da piscina conversando animadamente com outra menina, ele resolveu segurar Saul pois viu que um menino estava se aproximando delas com uma carta. Observaram que o garoto entregou meio sem jeito, falou algo no ouvido dela e depois de ganhar o sorriso mais lindo do mundo ela o beijou no rosto. Saul precisou ser segurado pra não dar uns t***s no garoto, apesar de estar um pouco incomodados ele achou uma graça na pureza da cena. -Cara é o primeiro amor dele, e talvez dela, olha que cena linda. -A pirralha não pode sair beijando qualquer bundão, e ele não é o amor dela. Quando ela os viu ficou com as bochechas rosadas e sorriu pra eles enquanto corria para os braços do irmão, aquilo sim era um amor genuíno, e o mais belo sorriso do mundo. ... Eles se instalaram em um apartamento próximo a faculdade, os dois faziam o mesmo curso, medicina, trabalharam com muito afinco pra conseguirem serem recomendados aos melhores estágios desde o começo. E o tempo voou, já faziam dois anos que tinham começado as aulas, Saul que sempre foi dinâmico e festeiro estava calmo e mergulhado nos estudos. -Gael, você acha que podemos ir pra casa no próximo feriado? Não fomos no último, estou com saudades, principalmente da pirralha. -Você pode ir cara, você não foi no último por minha causa? Eu posso ficar bem sozinho. -Eu não fui porque estava atolado de trabalho, não tem nada haver com você não. O telefone tocou e Saul perdeu a cor, o telefone acabou caindo e ele pegou rapidamente, só conseguiu escutar que estavam sendo trazidos para o hospital. Quando chegaram no hospital seu tutor os aguardava. Ele sabia que aquela era a cara de más notícias. Ele ficou bem atrás do amigo para amparar, mas não sabia se seria capaz sem ser amparado. -Saul seu pai chegou vivo, tentamos de tudo mas a hemorragia era muito grande, os órgãos foram tão danificados que não tinha o que ser feito. -Mi..minha.a má.. mãe? -Ela morreu na hora, quebrou o pescoço com o impacto. -Pirrrraalhaa...Sol..oll...minha... - estava em choque. -A irmã dele, nossa Sol.. por favor professor... -Ela está na sala de cirurgia, hemorragia intracraniana. Os dois se sentaram em silêncio, Saul não estava presente, e ele só conseguia pensar que não via a pirralha a seis meses, aquela fedelha tinha que acordar, ele queria ver aquele sorriso. Quando o médico saiu, explicou que ela ficaria em coma, depois permitiu que os dois ficassem com ela no quarto. Sol tinha o rosto tranquilo, ela nunca foi tão linda que nem o irmão e a mãe, mas ela dava aquela sensação de conforto, na infância seguia eles por toda parte sempre querendo a atenção do irmão, quando chegou na pré adolescência ela queria fazer parte dos programas deles, era uma fase de transição, mesmo assim ela era uma menina fácil de agradar com bombons e ursinhos, quando eles vieram pra faculdade ela se tornou mais formal com eles, ela era prestativa e carinhosa, mas não ficava mais puxando conversa ou abraçando a eles. Nesses seis meses que não tinham se encontrado, ela estava mais magra, ele ainda falava com ela por telefone, ela pedia dicas de vídeos para aprender matemática e física, mandou feliz aniversário e o xingou muito quando eles dois não foram pra casa a dois meses atrás. -Boa noite, vamos dar banho, se vocês puderem nos dar licença.- Saul estava saindo do quarto, mas ele viu que um dos funcionários era homem e jovem. -Nossa irmã é uma menina, vocês acham prudente ele dar banho nela? Se for dessa forma vamos ficar aqui. -assim que Saul percebeu o que estava ocorrendo, pareceu acordar de um transe e também se postou ao lado de Gael. Ela já tinha muita coisa para se preocupar quando acordasse, eles tinham que proteger a ela, Sol nunca ficava sem roupas na frente nem da mãe, então eles deveriam começar a cuidar dela. Já faziam dois meses que ela estava em coma, ela não dava nenhum sinal de que estava com eles. A avó e a tia vieram da Espanha pra ajudar com os preparativos do funeral. Na verdade elas queriam levar Sol para Espanha, o irmão era contra, como ele já tinha 21 anos poderia ser o guardião dela. Saul usou seu tempo pra estudar, trabalhar no hospital e estava praticamente morando no quarto dela. Gael revezava com o amigo, mas a avó e a tia não queriam deixar ela sozinha com ele, como se fosse possível ele fazer algo para aquele ser que sempre o tratou como um irmão. Ela foi levada para mais uma cirurgia, teriam que tentar diminuir mais uma área com uma mini hemorragia, assim ela teria chances de acordar. Após a cirurgia ela ficaria em coma induzida por uns dias, então eles se mantiveram no hospital todo o tempo, e enquanto almoçavam o bip com emergência no quarto de Sol tocou. Enquanto corriam pelo hospital os dois só pensavam que não poderiam perder ela também, a sua última esperança. Ao abrir a porta ela estava sentada na cama aos prantos, o irmão a abraçou e segurou como se a vida dependesse disso. E um alívio, uma sensação de que cem kilos haviam sido tirados de suas costas enquanto ele caia no chão. ... -Eu posso cuidar dela, eu tenho condições, eu sou o melhor lugar pra ela. -Saul você tem ainda que se formar, depois tem a residência, você vai perder a melhor fase de sua vida pra cuidar dela? -Eu vou, ela é minha responsabilidade. Gael viu Sol escondida no corredor vendo a sua vida ser decidida. Ele tocou em seu ombro e em silêncio os dois sentaram na entrada da casa. -Sabe Gael, não posso fazer isso comeu irmão, vou com elas pra Espanha. Em três anos eu retorno pra fazer faculdade aqui. -Pirralha, nós podemos cuidar de você, sabe disso... -Você não tem obrigação, e Saul precisa se dedicar a sua vida. Me ajude a convencê-lo, em três anos eu volto, já estará fazendo a residência, você também, vou estar na faculdade, não serei um fardo. Eu preciso me afastar pra dar uma chance do meu irmão viver e não somente sobreviver. Então os dois olhavam o avião subir, até perder de vista ao horizonte. Após muita negociação, ela partiu de suas vidas, e aquele vazio que ele não sabia explicar aumentou em seu peito.Saul prometeu que não atrapalharia a conversa de sua Anja com o ex, mas não prometeu que não iria espiar a essa conversa. Andrey chegou calmo, estava com uma camisa social preta e uma calça clara, realmente aquele homem chamava atenção ele não podia negar. Trazia flores e talvez esperanças, mas não havia amor em seus olhos e gestos. Ele sentou ao lado dela no balanço da varanda, ela o esperava desde que ligou para ele sentada naquele balanço. -Voce até que enfim percebeu que somos perfeitos. Eu sabia que você mudaria de ideia, nosso apartamento... - Andrey, nunca mais eu vou falar com você, essa é a última vez, você lembra quando a gente deu o primeiro beijo? Você tinha quinze anos... - Você tinha treze, era a garota mais linda de toda a escola... -Você se exibiu pra toda a escola, pro bairro, pros pais, eu não queria... Eu queria um romance secreto... E acabamos namorando desde la. Então quando você foi pra faculdade, antes, meus pais faleceram, eu... -Minha avó não deixou voc
Saul Ele beijou-a usando toda a força de vontade pra não agarrar as suas nádegas e ergue-la até a cama, e ela não estava ajudando, porque ela avidamente o tocava por todo o corpo. Quando percebeu que não conseguiria mais manter os pensamentos e as boas intenções, tomou todo o restante do autocontrole e sussurrou em seu ouvido"Anja, eu não vou conseguir mais, eu preciso que você pare, porque esse é o máximo que poderei ir em plena consciência." E como que acordasse de um transe, ela sorriu, o afastou delicadamente e foi para a sua cama. Aquela noite foi extremamente longa e quente. *Gael* Gael queria muito ficar o dia com sua esposa, queria abraçá-la e ficar todo o dia fazendo as suas vontades, não queria deixar os bebês pensarem que a mamãe não era cuidada por alguém que a ame. Mesmo assim pra ficar mais tranquilo, fez Anja vir até a casa pra ficar com seu quarteto fantástico. Ele sabia que ela estava em boas mãos e assim poderia fazer as cirurgias longas em que não poderia sair
Ele a olhava de longe, fazia um dia que a vovó tinha ido embora, parecia até que Andrey havia dado um tempo nas investidas, o que pra ele até foi ruim porque assim ele não podia aparecer na casa dela a qualquer hora e dormir no quarto ao seu lado. Naquele dia ela estava muito ocupada, tinha várias cirurgias e ainda teria dois alunos que estava a acompanhando, por isso ele manteve uma certa distância (mas sempre perto dos olhos).*Gael* Gael havia terminado a última consulta do dia, mas a porta do consultório abriu, a surpresa não era boa, desde a notícia do casamento ele não enfrentava a avó de Sol e Saul. Agora ela estava sentada na sua frente, com os braços cruzados o julgando a cada respirada. -Sabe meu filho foi muito estúpido em casar com mãe se Sol e de Saul, agora eu não pensei que aquela criança linda e inteligente casaria com um amigo de infância do irmão em vez de um herdeiro milionário, acontece que ela puxou ao seu pai também. -Ora vovó, pensei que já teria se acostuma
Ele a avistou de longe, ela estava sentada na praia, a maré estava quase a alcançando. Mas não parecia se importar, mantinha-se em seu mundo, em seus pensamentos e em sua realidade. Ele não conseguia entender se ela estava se preparando pra fugir, ou apenas pra lutar, queria que fosse a segunda opção, pois ai poderia ser útil, se fosse a primeira ele teria que tranca-la pra fazer mudar de planos. Ele queria ir atrás dela, mas percebeu que existem momentos em que a melhor companhia era a solidão. Bastava ver que ela estava bem, apesar de estar perdida dentro de si mesma, estava ainda em um lugar que ele poderia alcançar de alguma forma. Quando a água a alcançou, ela levantou e caminhou lentamente pra casa e ele a seguiu de longe. *Gael* Gael estava com sua esposa e seu futuro bebe em seus braços. Ele agora entedia como dois corpos podiam ter o mesmo espaço pois os dois estavam em seu abraço e coração. Ela irradiava uma energia e uma luz que o deixava cego. Ele lembrava que el
Ele apenas segurou a sua mão, sabia que talvez esse era o único gesto que ela não interpretaria mal naquele momento. -Minha mãe em uma das últimas conversas que tivemos antes dela morrer falou pra mim que existem mudanças que são necessárias e existem tempestades que vem pro nosso bem. A sua dor, principalmente pelo bebê deve ser grande, mas e se você descobrisse isso muitos anos depois, não se sentiria pior ainda? -ela o olhou surpresa. -Eu nunca mais vou deixar ninguém se aproximar Saul, então, podemos apenas sermos amigos ou profissionais? Eu não posso, e não quero deixar acontecer nada assim ainda... -Quando eu te abraçar, ou falar que te amo, vai ser muito sério, vai ser de verdade, e eu não vou te soltar. -ele apertou a mão dela com mais força. Ele já a amava, mas aquela não era a hora pra isso, não era o dia, nem o momento, agora ela só precisava de alguém que escutasse e a entendesse, não precisava concordar ou discordar com nada, mas provavelmente não queria ser colocad
Saul voltava depois de uma viajem massante de quinze dias. Sua irmã e seu amigo, já haviam se mudado para uma casa maravilhosa em sua cidade natal, ele agora era o diretor do hospital e ela ainda estava terminando a faculdade a distância, ele iria até sua casa que ainda precisava ser reformada, se trocar e depois jantaria com os dois. E eles estavam radiantes, a casa era aconchegante e aquecida com um amor que ele só sentiu quando tinha seus pais. Eles jantaram no terraço perto da piscina, a casa era de um andar apenas, mas era toda iluminada e ampla. -Saul eu mandei trazer suas coisas pra cá. Você não vai ficar sozinho lá quando a nossa casa tem quartos de sobra. - me poupem não vou ser ve... - nem termina, quando você casar, você reforma a nossa casa antiga e vai morar lá. E assim ele foi apresentado a um quarto que parecia ter sido projetado especialmente para ele na casa dos recém casados. Ele foi dormir cedo pois estava muito cansado da viagem e queria acordar cedo pra ir ve
Último capítulo