O homem ensanguentado na minha frente tem realmente uma ereção.

É inacreditável.

Mais inacreditável ainda é a minha atitude de fazer o possível para esbarrar “sem querer” na protuberância dentro da sua calça.

E a cada esbarrada, ele puxa o ar, prende, depois solta. Como se a dor e o desejo estivessem misturados.

Minha respiração está tão acelerada que eu respiro discretamente pela boca.

Até que sua mão desce até o meu cabelo, e meu instinto é fechar os olhos por um segundo. Tenho a nítida impressão de que ele vai puxar a minha cabeça para a sua dureza, mas apenas passa os dedos pelas minhas mechas grudadas de sangue.

— Preciso cuidar disso aqui — diz, e eu posso estar louca, mas juro que suas palavras foram sensuais.

Um arrepio quente eriça os pelos do meu braço e ele sorri. Percebeu.

Desisto do punhal e enfio o dedo dentro da ferida. Caelith solta o ar todo pela boca de uma vez só, mas a ponta do projétil raspa meu dedo, e consigo alcançá-lo. Finalmente.

Mas mal consegui aliviar a t