C 61 - SAMIEL - O MONSTRO VENCEU.
A mulher tenta continuar o nosso jogo, escorando o corpo no balcão e me oferecendo um cartão de visita com o número pessoal dela escrito atrás. Mas passei a última hora inteira usando a merda da minha voz angelical e tudo que eu quero é que ela vá embora logo.
— Se precisar de um… acompanhamento mais direto — diz, com um sorriso que deixaria qualquer homem interessado.
Mas eu não sou qualquer homem.
Ainda mais depois que eu vejo Alexia na pista de dança, passando as mãos pelos ombros de Elarin.
Me despeço mais rápido do que deveria e enfio o cartão no bolso, enquanto atravesso o salão.
Ele me sente mais perto e dá um passo para trás, com certeza, sabe que passou do limite. Alexia gira no instante em que minha mão segura o ombro dela, e nela eu sinto tequila e raiva.
Quando ela fala com ciúme da fiscal, eu sorrio, mas não é sarcasmo. É porque, pela primeira vez em dias, a porra da minha cabeça parece estar no lugar, e a vontade de quebrar a cara de Elarin passa, simples assim. Como se