É só mais um dia de trabalho para esta contadora.
Mas agora, meus terninhos em cores pastéis foram substituídos por vestidos que beiram a indecência, e meu escritório é uma bancada de alumínio com limões, morangos e Vodka. Muita Vodka.
— Por todas as asas cortadas, Alexia, um dia você ainda vai fazer alguém cometer um crime nessa boate. — O sorriso de canto de boca de Eryon para o meu vestido é quase um pecado.
— Você adora isso — provoco, entrando atrás do balcão.
— Vestidos minúsculos ou crimes?
Ele sorri mais, e eu sinto o corpo derreter um pouco sob aquele olhar. Malditos nephilins e a beleza inumanamente absurda deles.
Zara chega em seguida, senta no banco de sempre, em frente a mim, e a cada copo que eu entrego a um cliente, eu e ela tomamos um gole de outro.
— O que eu faço para conseguir seu telefone? — um homem grita, por cima da batida eletrônica. Em outros tempos, eu teria caído de amores por ele. Agora, sua beleza humana é sem graça demais perto de Eryon, de Caelith… até d