Parece uma cena de assassinato.

Tem sangue seco espalhado pelos lençóis brancos, pelo rosto, pescoço, nos seios…

Mas além da vítima estar perfeitamente bem, está irradiando felicidade.

Tomo banho rápido, escovo os dentes, visto de novo uma das malhas dele, que cai até o meio das minhas coxas, e desço correndo. Minha respiração está ofegante, as mãos tremendo.

O sorriso carrega o meu corpo todo quando abro as portas do salão de jogos.

Por favor, por favor, esteja aqui.

E ele está.

Cael já está me olhando quando entro no salão, como se tivesse sentido a minha presença antes mesmo de eu aparecer.

Meu peito dispara.

O cinza dos seus olhos está mais claro, quase azul — e Deus, estou tão apaixonada por esse homem que não consigo nem pensar direito quando ele está perto.

Mas, no instante em que me encara, qualquer suavidade desaparece. Sua expressão endurece.

— É assim que você pretende ter sua primeira aula de defesa pessoal? — a voz de Samiel corta meu momento. Ele e Eryon estão apoiados