HANNA--Vai me dizer que Ivana não está satisfeita em apenas me irritar? O que ela fez?-Parece que ela não gostou muito do nosso primeiro encontro e então ela inventou pro Gregory que me viu flertando com o segurança. - Que maldita...- Balanço a cabeça.- E o estúpido acreditou, não é?-Obvio, ela é a titia querida. - diz, revirando os olhos.- Você vai se vingar dela, Kelly. - Informo. -Eu vou? - Forma um bico nos lábios, franzindo o pescoço.-Claro que vai. Não pode deixar ela pensar que vai fazer o que quiser e sair impune- É... Tem razão, eu vou. Mas como?-Aquela velha maldita deve ter algum segredo, e você vai descobrir e acabar com ela.-É verdade, mas por onde começar? Espera já sei... - estala os dedos no ar. -Vou ligar para uma pessoa. Ah, Ivana. Você pingou a última gota d'água no copo, e agora eu vou te destruir como uma barata. Eu esperei longos meses por isso, e vou fazer isso com uma imensa satisfação me lembrando de todas as vezes que você tentou envenenar se
HANNA23/08 12:01AM, MoscouMEUS PÉS PISAM NO CHÃO gelado de porcelanato do banheiro, as gotas de água ainda caem do meu corpo nu quando saio da banheira. Me enrolo em uma toalha branca, saindo do banheiro e adentrando o enorme closet, minha imagem refletida no espelho longo cercado de lâmpadas de camarim. Em uma das gavetas escolho uma langerie La perla na cor vermelho sangue. O tecido de renda é encarado por mim quando está em meu corpo pelo reflexo. Um vestido da mesma cor cobre as peças e a cinta liga onde pouso um canivete, isso nunca muda. O decote generoso exibe um pouco de meus seios. Opto por saltos laboutin pretos, e finalizo com um batom também vermelho sangue. O que o espelho reflete é um dos motivos pelos quais eu sempre consigo tudo que quero, e pelo qual eu consigo enlouquecer facilmente todos os homens que me interessam, isso me faz sorrir em satisfação e admirar por mais tempo minha imagem. Meu olhar encontra com o de Dimitri no espelho, ele me olha estupefato e
HANNA—Droga, Daria quer que eu desça... Ela e ela a sogrinha inventaram de passar fotos minhas e do Gregory em um telão- Bufa. Era tudo que eu precisa escutar.— Vá na frente, Kelly. Eu já estou indo, Luiz, posso falar com você por um momento?—Nada disso, quero ficar e saber do plano... Eu sou nova no mundo dos vilões, tanho que práticar — Certo, mas sem objeções. - digo a ela. — Quero que faça o favor de trocar os pendrives quando descermos, e isso. - abro o computador e dou play. — Passe no telão—Tá, vou ser a parte racional... Você não pode passar um vídeo desse no telão e esperar que o Gregory e o Dimitri não investiguem, ninguém pode chegar até nós.— Que cheguem, Kelly. - dou de ombros. — Gregory não tem porque te culpar, a ideia foi minha e assumo qualquer culpa. E se Dimitri descobrir que fui eu, ele vai esconder do resto do conselho e dentro de casa, eu me resolvo com ele. E você - olho para Luiz — Não se preocupe com nada, vou fazer com que não desconfiem de você
HANNADo outro lado do salão, o olhar de Kelly não sai de mim.—Mas que brincadeira é essa?! - É a vez da estrela perguntar, furiosa.Andando até o computador, ela o desliga, encerrando a exibição do vídeo digno de um filme pornô. O fim das imagens não param os cochichos e nem os olhares horrorizados e debochados para ela.—Quem foi o responsável por isso? - A voz cortante de Dimitri ecoa pelo local todo.— Meu amor, se acalme. - toco em seu braço, tentando fazer com que ele se sente mas é inútil, nada seria capaz de o mover do lugar se ele não quisesse.— Com certeza foi você, não é? Sua vadia. - Seu dedo está apontado para mim.—Olha, senhora a unica vadia que tem aqui é a senhora. - Kelly me defende, falando por cima de todos.— Está louca, iVana? Mas que culpa eu posso ter por isso? - aponto para o telão em Branco. — A única culpada disso, é você mesma. - Desta vez sou eu a me levantar.—O que isso significa, Dimitri? - Diego Questiona.— E você, sua prostituta imoral, também está
HANNA— Também é doloroso para mim, Nádia. - Ele a responde frio, não parece sentir dor pela mãe, apenas vergonha pelo que ela o causou. Me pergunto se ele realmente ama sua mamãezinha, porque desde que cheguei aqui, nunca pareceram terem a melhor das relações, sequer uma onde o amor existe. — Ela não merece seu choro, sogrinha. - Kelly ampara Nádia, esfregando seus braços.— Essa prostituta é uma piranha que merece a morte. - Diego continua as ofensas, rasgando a blusa de Ivana e a jogando no chão novamente, seu rosto só não se choca com o piso porque suas mãos conseguem se espalmar a tempo. Uma pena...Ao meu lado, Dimitri puxa o ar paro os pulmões, olhando a mãe de cima como se ela fosse o mais desprezível dos vermes.— Acho que já é o suficiente. - Falo para Diego, me fazendo de piedosa.— O conselho está convocado para comparecer a sala de reuniões da sede amanhã. Qualquer falta resultará em punição. - Informa, Dimitri e os membros assentem rapidamente. — Antes, Diga a todo
DIMITRI CORRO ATÉ O PÉ DA ESCADA na velocidade da luz, olhando de relance para minha mãe, vejo que ela está no topo da escada, olhando para baixo com o nariz erguido a respiração acelerada. - Chamem uma ambulância! - Ordeno para os seguranças, minha voz passar embargada pela garganta não impede que ela saia forte como um trovão. - Hanna...Hanna...- Toco em seu rosto, em seu testa há sangue, o mesmo mancha minhas mãos me fazendo sentir o forte cheiro de ferrugem e sal. Balanço a cabeça em negativo diversas vezes, vendo seu belo rosto pálido e apagado. Não toco em seu corpo, evitando piorar as fraturas que eu sei que ela tem. O desespero toma conta de cada nervo meu, o medo corre por minhas veias como facas afiadas. Eu não posso perda-la. - Dimitri...- A voz falha da minha mE chega aos meus ouvidos, despertando o ódio mortal que minha mente afastou para dar lugar a preocupação.- Você fez isso com ela. - Não é uma pergunta, é uma afirmação que ela não é capaz de negar. Para mi
HANNADESLIGO A TV DO QUARTO de hospital quando ouço uma movimentação do lado de fora. Ao me arrumar, ou tentar, me arrumar na cama reclinável a dor em minhas costas me acerta como um nocaute. —Cadê ela? - Ouço a voz de Kelly.—Calma Kelly, ela não morreu. - A voz de Gregory a responde em um tom quase irônico, ela não pode me ver ontem pelo que Dimitri disse.— Ela já pode receber visitas, alem da família, vá vê-la. - Dimitri diz a ela e um segundo depois, vejo macaneta girar e Kelly passar pela morta, a qual Dimitri fecha em seguida, e avisa que vai com Gregory e Ivan até a cafeteira, eu assinto.Ficamos apenas eu e Kelly, nos encarando por um segundo em um silêncio desconfortável, seu olhar de pena sobre mim. —Ah, querida.... - Ela relaxa os ombros, soltando o ar dos pulmões e larga a bolsa em uma poltrona antes de vir me abraçar cuidadosamente, o que não evita a dor quando afasto minhas costas da cama levemente.— Maldita Ivana. - Franzo o rosto de dor.— Você está bem? É
HANNA— Você tentou, meu amor. Mas ela é sua mãe e vou a perdoou naquela vez, não posso te julgar por isso mesmo que tenha me feito tão mal...- deixo o olhar perdido. — Eu só quero que ela pague por isso, Dimitri...— Me diga o que acha que ela merece e essa será a punição.— A morte, Dimitri. Só a morte...- falo transtornada. — Ela tirou uma vida se mim, de nós, e com isso que ela tem que pagar.— Ela não passará de amanhã. - me garante segure, a voz grave e fria. Eu assinto rapidamente com a cabeça e abro os braços para recebê-lo em meu abraço, deitando minha cabeça em seu ombro, eu sorrio.25/08 18:45PM, Moscou—Acho que isso não está me fazendo bem. - Kelly suspira, massageando suas temporas com a cabeça baixa, seu cotovelo apoiado no braço da poltrona. Balanço a cabeça em negativo vendo seu estado.— Está aqui há horas, acho melhor você descansar. Vá tomar um café na cantina, vou ficar bem...- olho ao redor com desdém. Este lugar é extremamente sufocante, odeio o excesso de branc