O cheirinho de comida italiana tomava conta da casa. O almoço estava servido e a mesa cheia — massas, molhos aromáticos, saladas frescas, pão quentinho e risadas entre os membros daquela família que transformava até o parto em um evento coletivo e amoroso.
Fernando estava à cabeceira, mas com os olhos sempre em Isadora, que não se sentava. Em vez disso, ela andava de um lado para o outro pela sala de jantar, com uma maçã na mão e a outra mão na lombar, fazendo pausas breves a cada contração mais forte.
— “Amor, quer sentar um pouco? Eu te trago o prato.” — ofereceu Fernando, se levantando.
— “Se eu sentar, eu não levanto mais.” — ela respondeu com um sorrisinho cansado. — “E essa maçã tá me salvando.”
Cecília levantou os olhos do prato e disse com carinho:
— “Tá com aquele olhar de que vai parir hoje…”
Samara completou:
— “Já quicou na bola, já respirou, já fez caminhada no jardim... essa bebê tá só escolhendo a melhor hora pra sair!”
A médica de confiança da família, a Dra. Gabriella,