O sol da tarde iluminava suavemente o apartamento romano enquanto Isadora, ainda de pijama de seda e cabelos presos em um coque preguiçoso, ajeitava algumas almofadas na sala de estar. O ambiente estava ficando cada vez mais com a cara dela e de Fernando — a união de dois mundos, agora com espaço para uma nova vida.
Mas, ao mover um vaso decorativo, algo brilhou discretamente entre os livros da estante. Isadora franziu o cenho, se aproximou e, com delicadeza, puxou o objeto. Uma microcâmera. Pequena, sutil… e nada pertencente à decoração que ela mesma ajudara a escolher. Seu estômago virou.
Ela respirou fundo, mas não havia terminado. Seguiu com calma até um ponto perto da TV — onde, por algum motivo, sempre sentia algo estranho. Agachou-se e puxou o suporte da televisão de leve… e lá estava outra. Quase imperceptível, mas visível para olhos atentos.
Seu coração acelerou, mas sua mente estava afiada. Fernando ensinara bem. Ela não gritou, não chamou ninguém. Simplesmente desativou amb