Capítulo 167
Luca Black
(Dia seguinte)
O café da manhã do hotel parecia silencioso demais pra um homem que ainda tinha o sangue fervendo da noite anterior.
Riley lia algo no tablet, os dedos marcando anotações enquanto eu tentava ignorar o gosto amargo de raiva que ainda me subia à boca. Aquele homem tinha ultrapassado o limite — o olhar, os comentários — e se dependesse de mim, ele nunca mais abriria a boca pra falar com uma mulher.
— Luca, não começa o dia com essa cara. — ela disse, sem levantar os olhos.
— Esse cara me irrita.
— Eu percebi.
— E você gosta de provocar.
— Não. Eu gosto de mostrar que não preciso que ninguém me defenda pra ser respeitada.
Ela disse isso, mas o olhar me entregou outra coisa — uma pontinha de orgulho por saber o que eu faria se alguém a tocasse.
E, por ironia do destino, o teste veio cedo demais.
Voltamos à sede da empresa de transportes pra encerrar a assinatura do contrato. Sala de vidro, carpete grosso, cheiro d