Capítulo 190
Riley
As risadas das crianças davam um ritmo quase ingênuo ao jardim. Theo batia palminhas, ainda com resquícios de glacê na bochecha, e eu me permitia sorrir de volta — um sorriso pequeno, mas lindo. Do outro lado, Rúbia sentava no banco com Andrew no colo, embalando-o devagar, os olhos meio semicerrados de quem sabe o ofício de ser mãe mesmo cansada.
Peguei o Theo no colo e o balanço foi automático. Ele virou a cabeça, curioso, e eu respondi com mímica, fazendo um aviãozinho com a mão. Ele gargalhou daquele riso que é tiro de alegria. Ali, por um segundo, eu deixei a cabeça descansar.
A Mia estava no canteiro, concentrada demais para a idade — os dedinhos pequenos remexendo uma flor já meio murcha. O jardineiro, o senhor que sempre aparece às terças com as ferramentas e um boné marrom, viu e fez o gesto de sempre: tirou uma flor e a ofereceu à menina.
— Pode pegar essas que arranquei. Vou plantar umas mudas do lado de fora. Tem bastante — disse ele, com