Capítulo 45
Riley Black
A água quente escorria pelo meu corpo, mas não levava embora a sensação que ainda latejava em mim — mistura de dor e de fracasso. Luca estava atrás de mim, as mãos grandes deslizando pela minha pele com cuidado. Tão cuidadoso que parecia outro homem.
Se eu não o conhecesse, se não soubesse quem ele é, poderia jurar que estava bravo. O maxilar dele travado, os olhos sérios demais, os movimentos contidos. Mas seus toques eram suaves, quase delicados. Passava a esponja pelo meu ombro, pelas costas, enxaguava o sangue misturado à água como se quisesse apagar qualquer marca.
E isso doía mais do que a dor física.
Porque eu queria tê-lo agradado. Queria que ele tivesse me tomado sem precisar parar, queria ter sido a mulher que finalmente o faria gozar. Mas não consegui.
Luca não é um homem de abraços. Nunca foi. Nunca me beijou por carinho, só por tesão. Nunca me tocou para aconchego, apenas para sexo. E mesmo assim, há algo nele que me prende. O j