Vitória chegou a abrir a boca para responder, mas foi interrompida pelo olhar gelado que Thales lançou ao gerente do hotel.
Sem emoção alguma na voz, deu a ordem como se recitasse uma cláusula qualquer:
— O casamento está cancelado. Eu vou arcar com todos os custos.
Antes mesmo que a frase se completasse no ar, ele já apontava para o assistente, que vinha correndo de longe:
— Você resolve tudo isso.
E, sem dar mais explicações, virou-se para ir embora.
Vitória, em pânico, não se conteve.
Agarrou o braço dele com força, desesperada, a voz quase implorando entre lágrimas:
— Pelo menos pensa no nosso filho. Você vai mesmo deixar ele nascer com o rótulo de bastardo?
Ao ouvir isso, Thales estreitou os olhos.
O olhar afiado, como lâmina fria, atravessou Vitória sem piedade.
Sem dizer nada, ele ergueu a outra mão e começou a forçar os dedos dela, um a um, até soltá-lo.
A voz saiu dura, sem espaço para contestação:
— Eu te avisei desde o início. Nunca prometi nome, nem lugar. Agora... é tarde