6

— Tem muito. Eu não dei permissão para você me chamar pelo meu segundo nome. Vá se trocar, está me tirando do sério!

— Seu babaca, me solta! Você não sabe o que é sentir prazer!

Saí da sala subindo as escadas nua. Romeu me seguiu e me puxou fortemente pelo braço, me beijando com fúria e desejo. Eu sabia que ele estava lutando por tudo o que desejava. Beijei de volta, sentindo o calor do corpo dele no meu; sua boca na minha me deixava ainda mais excitada. Ele murmurou, depois de me empurrar após o beijo:

— Na próxima vez, menina, não me provoque.

Segurei no pescoço dele e o beijei novamente, de novo e de novo. Ele me levou até o quarto e disse:

— Vista-se, Anny, como uma senhora Goz. Seja breve. Estarei esperando lá embaixo.

Entrei no quarto, abri o guarda-roupa e peguei uma camisa social branca e uma saia preta. Prendi o cabelo em um coque. Antes de sair do quarto, calcei um salto preto e fechei a porta. Estava nervosa. Desci as escadas — meu marido me aguardava. Peguei na mão que ele estendeu para mim, sendo levada para me juntar aos sócios na sala.

— Como estão? Sou Anny Beltron, esposa do senhor Goz. Fiquem à vontade. Desejam café, chá?

— Não, senhora Goz. Estamos bem, obrigado.

Os homens não paravam de me encarar. Fiquei vermelha de vergonha. Romeu passava sua mão na minha perna, o que me fazia tremer ainda mais.

— Anny, meu amor, vá até a biblioteca e pegue uma pasta azul. Falaremos do assunto quando o outro convidado chegar.

Fui até a biblioteca. Verifiquei se todos os documentos estavam em ordem. Me parecia que sim. Percebi que ele estava enciumado. Talvez fosse só impressão, mas a primeira impressão é a que fica. O que ele mais temia estava acontecendo: amar.

Voltei para a sala com a pasta.

— Aqui está.

Romeu pegou a pasta das minhas mãos. Uma voz familiar soou meu nome:

— Olá, senhora Goz. Lembra de mim?

— Como vai, senhor Oscar?

Limpei a garganta, surpresa ao vê-lo. Achei que nunca mais o veria.

Um dos coreanos iniciou a reunião, interrompendo Oscar ao falar do assunto principal sobre as ações:

— Guz 씨, 저는 당신 회사에서 큰 일을 하기 위해 여기 왔습니다. 저는 이윤의 50%를 저에게 주었습니다. 저는 휴대폰 회사의 가장 큰 소유자이기 때문에 우리는 판매로 많은 돈을 벌 것입니다.

(Senhor Goz, estou aqui para fazer um grande negócio com a sua empresa. Me dê 50% dos lucros. Como sou o maior proprietário da empresa de celulares, ganharemos muito dinheiro com as vendas.)

— Entendo, senhor Kim. Os 50% estão passados para o nome da minha esposa. Ela ficará responsável por essa parte.

Fiquei surpresa com o que ouvi. O espaço parecia pequeno para mim. Tentei sair da sala, mas Romeu pegou minha mão, pedindo que eu me sentasse ao seu lado.

Roberto, o responsável pelos investimentos, explicava a forma de vendas. Meu esposo o interrompeu:

— Os 50% não estão à venda.

Foi direto em sua decisão. O interesse de Romeu era deixar seu legado em boas mãos. Ele se surpreendeu com as intenções dos investidores. Eles, vendo que não havia brecha, decidiram sair. Romeu os acompanhou até a porta, despedindo-se dos sócios. Oscar se levantou para sair também, mas Romeu pediu que ele ficasse.

Fui até a cozinha preparar um café. Sabia que meu marido estava precisando — e ele preferia sem açúcar. Eu me sentia perdida naquela situação. Romeu e Oscar juntos... eu sabia que não daria certo.

Levei o café e encontrei Oscar furioso. Me aproximei, ouvindo ele dizer:

— Como ousa colocar os 50% no nome daquela pirralha que não sabe de nada? Era uma grande oportunidade para nós, sabia? Você é um idiota, sempre foi. Eu não entendo você...

Ele foi interrompido.

— Como ousa falar assim estando na minha casa? Não admito que fale de mim desse jeito debaixo do meu teto. Fora! Você não é bem-vindo aqui. E mais: se meu marido colocou os 50% no meu nome, ele tem seus motivos. Quero que saia da minha casa agora!

— Mas Anny...

— Você ouviu a minha mulher. Depois conversamos.

Oscar saiu furioso, batendo a porta. Eu estava revoltada com a maneira como fui tratada. Romeu pegou minha mão e perguntou:

— Você está bem?

— Estou. Não se preocupe. Mas quero saber uma coisa e espero que seja honesto comigo.

— O quê?

— Por que essa rivalidade entre você e o Oscar? Por que vivem em pé de guerra?

— Senta aqui, Anny.

Sentei no sofá. Ele foi até o bar, serviu uma bebida. Colocou uísque com gelo no copo, segurando-o com uma das mãos enquanto a outra ficava no bolso da calça. Bebeu um gole e disse:

— Oscar e eu estudávamos na mesma faculdade. Gostávamos da mesma garota.

— Como ela se chamava?

Romeu sorriu, sem receio:

— Katarina. Ela começou a gostar de mim e se afastou de Oscar. Ela dizia para ele e para todos que gostava de mim. Casamo-nos depois de alguns meses. Oscar chegou a ser violento. Katarina o humilhou em público. Depois disso, ele se afastou de todos. Na formatura, os pais de Oscar não puderam comparecer. Minha mãe estava lá, nos apoiando. Estávamos tão felizes, até que...

— O que houve naquele dia? — perguntei, curiosa.

— Ela não foi à formatura porque ela...

Romeu respirou fundo, continuando:

— Ela morreu em um acidente de carro.

— Que pena. Sinto muito. — Ele ficou em silêncio, e eu perguntei: — Você a amava?

— Amava muito!

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