Pela manhã
Ao acordar, o cheiro de Romeu ainda impregnava meus lençóis. Um suspiro escapou, e sem pensar, corri para pegar o celular. Antes mesmo de discar, ouvi murmúrios vindo do andar de baixo.
Gritos de Cecília ecoaram pela casa, me fazendo saltar da cama em desespero. Abri a porta com pressa e corri pelos corredores largos e quase intermináveis da mansão. O coração batia forte. Algo estava errado.
Cheguei à sala e congelei.
Oscar estava ali, com uma arma apontada para Cecília. E então, Otto surgiu pela porta oposta.
— Abaixe essa arma, agora! — ordenou Otto, com firmeza. — Solte a minha esposa ou eu atiro.
— Estou aqui apenas para recuperar o que é meu — rebateu Oscar, com frieza.
— O que você está dizendo? — Otto perguntou, irritado.
— O que ouviu. Cecília fez um acordo comigo para forjar a assinatura de Romeu. Assim ele seria preso, e ela ganharia mais confiança do filhinho querido.
Cecília arregalou os olhos, assustada. Anny gritou, chocada:
— Como vocês foram capazes? Romeu é