Solto um riso amargo, balançando a cabeça diante de tanta prepotência.
— Falou muito mal de mim para Ômer?
A mudança em sua expressão é instantânea. A arrogância dá lugar à fúria ao ouvir o nome do primo.
— É isso, então? Estraguei a festinha de vocês dois? Por isso está chateada? O que há entre vocês?
Sinto meu corpo inteiro esquentar de raiva.
— Não há nada! Para sua informação, Ômer é apenas uma companhia agradável. Um amigo. Sua mente é que está poluída.
Ele avança pelo quarto, e eu instintivamente fico em alerta. Seus olhos me prendem, intensos, como se pudessem enxergar até minha alma. Ele para a poucos passos de mim, sua presença esmagadora.
— Você conhecia meu primo antes de vê-lo aqui?
Ignoro sua pergunta, cruzando os braços.
— Eu não te devo explicações. Quem você pensa que é para ficar me questionando?
Seus olhos se estreitam, frios e implacáveis.
— Por que está fugindo da minha pergunta, Emily?
— Fugindo?
— Sim. Você conheceu Ômer fora daqui? Já se falaram antes? No banco