Marcos
A ambulância ainda tremia sob a velocidade constante enquanto o meu olhar permanecia fixo no veículo que transporta o meu parceiro de uma vida. Ele estava ali, adormecido, respirando com uma certa dificuldade, mas vivo.
Precisava manter a calma.
Sabia que aquela ambulância a minha frente transportava não só o meu parceiro, mas sim um grande amigo, nossa parceria iniciou no treinamento e aos poucos fomos fazendo várias missões juntos.
Quando chegamos ao hospital, a equipe de emergência estava pronta, como se já soubessem da gravidade da situação. Eles foram rápidos, ágeis, organizados. André foi levado diretamente para a sala de atendimento, e eu segui logo atrás, insistindo para ficar por perto.
Eles o deitaram na maca, cortaram o curativo antigo e começaram a trabalhar. A ferida foi reaberta, limpa e tratada com eficiência. Um dos enfermeiros coletava amostras de sangue enquanto outro ajustava o soro. Eu estava tenso, imóvel ao lado da porta, observando tudo, sem saber onde