Giulia
Cada detalhe está em seu lugar, exceto a minha mente, que insiste em vagar. Estou caminhando pela mansão, inspecionando os cômodos, os corredores, o jardim. A casa respira história e poder, mas hoje sinto um peso diferente no ar. Quando encontro Don Falcone no escritório, ele levanta os olhos de um relatório, e sua presença parece dominar o ambiente. Não sei dizer se é por causa do que está acontecendo ou do jeito que ele me olha, mas alguma coisa mudou.
— Don, que tal irmos juntos à sede? — sugiro, tentando parecer casual.
— Temos muito trabalho acumulado e seria bom alinhar algumas coisas pessoalmente.
Ele me observa por um instante, como se considerasse algo além do que eu disse, mas então assente. — Vamos.
No carro, o silêncio entre nós é confortável, mas carregado.
Na sede, trabalhamos em perfeita sintonia. É impressionante como nossas mentes se complementam; quando ele fala, já sei o que fazer, e ele parece antecipar meus pensamentos antes mesmo de eu dizer algo.
Em me