Rafael
David começa a expor as novas informações coletadas por sua equipe na Argentina. Enquanto ele fala, todos na sala se inclinam um pouco mais para frente, atentos.
— Conseguimos rastrear parte da cadeia de movimentação de materiais químicos da Nonsanty. O que descobrimos confirma nossas suspeitas. — diz ele, enquanto aponta para o gráfico na tela.
— Há uma rota clara entre a Bahia, São Paulo, e a Argentina. Mas isso não é tudo.
David pausa por um momento, a tensão crescendo.
— Algumas transações financeiras conectadas a empresários brasileiros e argentinos sugerem que essa rota não é apenas para o transporte de glifosato. Há algo mais escondido nessas operações.
Felipe, sentado ao meu lado, murmura:
— Drogas? Armas?
David balança a cabeça.
— Ainda não temos a confirmação, mas há indícios de tráfico de armas sendo camuflado como remessas químicas. Além disso, a ligação com o congresso internacional no Rio de Janeiro é ainda mais clara. Há empresários que estão usando a polêmica