David Lambertini
Estou no escritório de casa, analisando relatórios da última operação em Córdoba, quando o telefone toca. O número é familiar, mas o horário da ligação já me alerta que algo sério aconteceu. Atendo de imediato.
— Vassalo?
— Lambertini, é sobre Beatriz e a filha dela, Giulia. Fizeram uma emboscada.
Meu corpo se tensiona, e a caneta que estava girando entre meus dedos cai sobre a mesa.
— Beatriz? O que aconteceu?
— Ela está bem, mas a Giulia... sofreu um traumatismo craniano. Está na UTI.
Sinto o sangue gelar. penso nos meus filhos e sobrinhos. Beatriz e Lizandra criaram um vínculo forte no congresso, e Lizandra não me perdoaria se eu não agisse de imediato.
— Onde estão agora?
— Hospital São Miguel, em Brasília.
Penso por um momento e decido.
— Estou indo para lá com Lizandra. Não mova um dedo sem me avisar.
— Entendido.
Desligo e imediatamente aperto o botão do interfone.
— Hernan, organize a segurança. Vamos partir para Brasília ainda hoje.
Levanto-me e vou até o qua