Marvila ficou muito envergonhada, sorriu sutilmente e saiu andando atrás de Dom. Ele passou para o outro corredor, encheu o carrinho de guloseimas e olhou para Marvila.
— Vamos logo para o caixa. Vá indo. Não. Vamos no açougue. Não, vai esperar no carro. Anda.
Ela percebeu que ele ficou desnorteado e nervoso. Saiu andando cabisbaixa, sentindo que mais pessoas estavam reparando nela e falando. Ficou encostada no carro, esperando e tentando esconder a barriga, olhando as pessoas que entravam e saíam do mercado. Quando Dom saiu, um funcionário do mercado o ajudou com o carrinho. Ele se aproximou com uma sacola pendurada e perguntou:
— Por que não entrou no carro?
Ela ficou olhando para o chão.
— Você não deu as chaves.
Ele entregou a sacola a Marvila.
— Esqueci as chaves, me desculpe. Pode ir para o carro e comer.
Marvila entrou na caminhonete, curiosa com o conteúdo da sacola. Lá dentro, encontrou um lanche natural, uma garrafa de suco de beterraba com laranja, um pote de mousse