Mundo de ficçãoIniciar sessãoEles tomaram banho realmente, saíram do chuveiro, o vapor estava no ar, e o silêncio que se instalou não era mais hostil, mas sim de profundo desconforto e embaraço, ainda que estivessem achando graça. O desejjo havia triunfado, mas a culpa de Dom estava de volta, pairando como uma assombração. Ele a secou com uma toalha macia, os movimentos agora menos mecânicos e mais cuidadosos com afeto. O toque dele era de respeito, mas não de muita proximidade.
Marvila, contente, sentia o corpo mais leve, mas o coração estava ansioso. Sabia que a barreira que haviam derrubado na proximidade com certeza voltaria a ser erguida pelas palavras dele.Eles vestiram os pijamas. No momento em que Marvila se virou para ir para a cama, Dom a deteve. Ele segurou seu rosto com as duas mãos, olhando-a nos olhos, e deu-lhe um beijo gostoso na boca. Este beijo era diferente: não havia urgência, mas sim uma ternura solene, um reconhecimento silencioso da sua nova, e complicada, proximidade.<






