Capítulo 22
Theresa fechou a porta do quarto e se encostou nela, como se a madeira sólida pudesse isolar o mundo exterior, mas uma batida suave na porta do quarto a fez pular.
— Theresa? — era a voz de Albia, suave e cheia de preocupação. — Pode abrir. Sou eu.
Theresa engoliu em seco, enxugando as lágrimas com as costas da mão. Ela precisava se recompor. Precisava de Albia. Com mãos trêmulas, ela abriu a porta.
Albia estava do outro lado, seu rosto despreocupado agora marcado por uma ansiedade profunda. Seus olhos percorreram o rosto pálido e manchado de lágrimas da amiga, e sem uma palavra, ela a puxou para um abraço apertado.
— Meu Deus, Theresa — Albia sussurrou. — O que aconteceu? Eu vi o seu pai lá fora, ele parecia...
Theresa deixou-se ser guiada até a cama, onde se sentou, puxando os joelhos contra o peito. Albia sentou-se ao seu lado, segurando sua mão.
— Ele... ele estava aqui — Theresa começou, sua voz um farfalhar inconsistente. — Quando eu abri a porta, pense