O silêncio no carro era cortante.
Natalie encarava a estrada pela janela, as mãos cruzadas no colo, tentando controlar a respiração e o turbilhão de pensamentos. Alejandro dirigia com os olhos firmes na pista, mas ela sentia a tensão em cada músculo dele. Cada segundo ao lado dele era um lembrete da escolha que tinha feito — e do quanto tudo havia fugido do controle.
— Preciso passar em casa antes — ela disse, sem olhar pra ele. — Pegar algumas roupas, documentos... coisas básicas.
Alejandro assentiu, sem desviar o olhar da estrada.
— Já pedi pra um dos meus homens ir até lá antes. Verificar se estava tudo seguro.
— Você pensou em tudo, né? — ela murmurou, quase com sarcasmo.
— Eu penso quando alguém ameaça o que é meu.
Ela virou o rosto devagar, os olhos encontrando os dele com fúria contida.
— Eu não sou sua, Alejandro.
Ele respirou fundo. Um músculo pulsou no maxilar dele.
— Não precisa me dizer isso. Mas você vai estar sob a minha proteção. E isso, por enquan