Melanie pov
Meu impulso imediato é esconder a mão, fechá-la com força, esconder o anel como se fosse algo indevido, um segredo proibido que escapou antes da hora. Mas eu me recuso. Em vez disso, estendo ainda mais meus dedos e, com firmeza, seguro a mão de Ryan. Nosso entrelaçar de dedos é quase um juramento silencioso. Ela nota isso. Ela nota tudo. Os olhos dela se voltam para nós dois e, por um instante que parece durar uma eternidade, ela apenas nos observa, sem dizer uma palavra. Seu silêncio é mais ensurdecedor do que qualquer grito de reprovação.
Eu não consigo decifrar seus pensamentos. Ela não franze o cenho, não sorri, não chora. Apenas nos olha. E isso me desarma.
“É melhor eu pegar algo para nós bebermos, não acham?” diz de repente, sua voz alta demais, quase forçada, como se quisesse preencher o ambiente antes que algo mais escapasse.
E sem esperar resposta, ela se vira e sai rapidamente da sala, seus passos apressados ecoando pelo corredor como batidas apressadas de um ta