Melanie Pov
“Para que estamos aqui?” Faith questiona, irritada, sua voz ecoando dentro da minha mente com uma mistura de impaciência e desprezo.
Estamos na prisão onde Bea está sendo mantida, esperando os guardas a trazerem da sua cela para conversar conosco.
“Tenho algumas palavras para dizer a ela,” respondo com calma.
“Ela não merece ouvir, depois de tudo o que ela fez!” Faith retruca.
“Mas eu mereço falar. Eu quero encerrar tudo isso.” Minha voz sai tranquila, mas o peso das palavras é cortante. Não é sobre o que Bea merece. É sobre o que eu preciso. Sobre não carregar mais o peso desse ciclo que me esmaga cada vez que me lembro do que ela fez.
Faith bufa com raiva, a energia dela reverberando dentro de mim como uma tempestade contida. E, mesmo assim, não consigo evitar uma risada abafada. Uma parte de mim acha quase reconfortante essa sua revolta leal, protetora, como se ela fosse o grito que não posso soltar.
Então, vejo Bea se aproximando. Os guardas a escoltam com rigidez, mas