Ryan Pov
“Ainda te resta um,” digo com frieza, e minha voz carrega o peso de um juízo final.
Meu olhar repousa em Dante. Ele está em frangalhos. Seu corpo treme convulsivamente, as lágrimas escorrem pelo rosto sem qualquer controle, como se o choro tivesse se tornado parte de sua respiração.
Ele não é mais o mesmo sujeito altivo que conheci, não é o mesmo filho orgulhoso de Murphy. Agora, é apenas um garoto quebrado diante do cadáver da irmã. A dor está estampada em cada traço do seu rosto, uma dor crua, dilacerante.
Os ombros arqueados, o olhar perdido, ele tenta se mover, dar um passo, alcançar o corpo sem vida de Diana. Mas Alex continua firme, o mantém imobilizado com mãos de aço. Dante luta, esperneia, suplica em silêncio com os olhos marejados. Mas tudo o que ele recebe é a resistência inabalável do meu melhor amigo.
Murphy lança um olhar incrédulo misturado com ódio. Ele não esperava que eu fosse até o fim. Não esperava que eu fosse realmente fazer isso. Ele subestimou minha fú