Fellipo abriu a porta do carro para Cecília e a ajudou a entrar com cuidado, suas mãos grandes e firmes segurando as dela com uma mistura de carinho e posse. Cecília ainda estava chocada com a revelação de que já poderia ter saído do hospital há dias.
Ela o observou dar a volta no carro e entrar no banco do motorista, ligando o motor com uma expressão satisfeita.
— Você me segurou no hospital sem necessidade esse tempo todo? — perguntou, cruzando os braços.
Fellipo lançou um olhar rápido para ela, os lábios curvando-se em um sorriso provocador.
— Você precisava descansar. E eu precisava de tempo.
— Tempo pra quê? — ela insistiu, tentando decifrar seu olhar.
Ele apenas balançou a cabeça, negando-se a responder.
— Você vai ver. Confia em mim.
Cecília bufou, mas no fundo sentia um frio na barriga de expectativa. O tom misterioso e a confiança de Fellipo a deixavam ainda mais curiosa.
Enquanto dirigiam, Cecília observava a cidade passar pela janela, tentando juntar as peças do quebra-cabeç