O quarto hospitalar era um refúgio silencioso, mas carregado de tensão.
Cecília continuava desacordada, e cada minuto sem sua voz parecia um golpe na alma de Fellipo.
Thor não tirava os olhos dela.
O mastim napolitano estava sentado ao lado da cama, o corpo musculoso firme e atento, como se soubesse que sua presença ali era mais do que necessária.
Leonardo e Fernando estavam na suíte, respeitando o silêncio, mas atentos a qualquer movimentação.
Fernando, tentando aliviar o clima pesado, se levantou e deu alguns passos em direção à cama.
Antes que ele pudesse chegar mais perto, um rosnado grave e ameaçador cortou o silêncio.
— Calma, fera... — Fernando ergueu as mãos, soltando uma risada baixa.
Thor não estava para brincadeiras.
O mastim ficou de pé imediatamente, os músculos retesados, os olhos atentos, um aviso claro para Fernando não se aproximar.
Leonardo assistia à cena com um meio sorriso, balançando a cabeça.
— Você deveria saber que esse cachorro só obedece uma pessoa.
Fernando