Já passava da meia-noite quando Cecília ouviu os passos no jardim. Ela estava sentada na varanda, vestindo um robe leve de cetim rosa claro, com o cabelo solto e uma xícara de chá nas mãos. O ventre, grande e arredondado, se mexia suavemente com as quatro pequeninas bailando em seu ventre.
Foi então que a silhueta dele apareceu entre as luzes suaves do jardim.
Fellipo.
Terno aberto, camisa desabotoada até o peito, um sorriso bobo no rosto e os olhos brilhando — de bebida, de emoção, de vida.
— "Minha mulher... minha rainha... minha Cecília..." — ele falou, escancarando os braços como se fosse abraçar o mundo.
Cecília riu baixinho.
— “Veio direto da comemoração, né, Subchefe?”
Ele cambaleou até ela e ajoelhou devagar, deitando a cabeça sobre sua barriga.
— “Você não faz ideia... não faz ideia, amor, do quanto eu amo aqueles dois. Leo e Fernando... são meus irmãos... mas são mais que isso. Eles são minha vida também. Meus pilares.”
Cecília passou os dedos no cabelo dele, com carinho.