- Então o Sr. Sempre oferece sua camisa pra toda mulher que acha que conquistou? – Jeniffer comenta tentando disfarçar seu embaraço.
- Na realidade não – Leon responde com um tom mais duro, e a expressão se fechando de repente – Uma vez ofereci essa camisa a Zara, mas ela se recusou a usar. Preferia ficar sem uma única peça, do que por algo que não valorizasse suas curvas. E olhando por esse lado, até que dou razão a ela.
Jen se sentiu humilhada ao ser comparada a outra depois de ter se entregado a ele da maneira que fez. Não via a menor necessidade daquilo, a menos que quisesse de propósito magoá-la.
- Assim que sair da lavanderia, vou colocar sua camisa no lugar – responde em um tom baixo e meio embargado.
- Não precisa se preocupar, não vou querer de volta – diz se erguendo sem nenhum pudor, exibindo da forma que veio a
Xavier ouvindo seus soluços fica do lado de fora até que ela se acalme para só depois adentrar o veículo.- O que devo fazer? Esperar pelo senhor aqui ou levá-la pra casa primeiro?- Vamos aguardar.- Sim senhora.Não muito tempo depois, Leon aparece saindo da casa da mãe com uma expressão contrariada. Que trata de mudar imediatamente quando se dá conta de que Jen o observava. Assim que entra no automóvel, já ordena que Xavier se dirija pra um restaurante próximo.- Desistiu de ficar pro almoço?- Meu apetite não está pra comida caseira hoje.- Espero que a sua mãe não tenha brigado com você por minha causa.- Você só veio por minha causa. Dona Carmen não será obrigada a te receber, mas sem você também não vou ficar. Mesmo sendo minha mãe,
- Gostou da sobremesa? – Carmen pergunta ao notar que Leon já tirava a terceira fatia.- Sensacional. Dona Carmen, Acho que é a melhor que a senhora já fez.- Mesmo? Interessante. Porque essa, foi sua esposa que preparou.Leon se engasga na hora, seguido de uma crise de tosse, enquanto Jen tenta conter o riso- E eu preocupada com a possibilidade de Jeniffer não acertar, pra no fim minha nora acabar me superando.- Calma, que também não é assim -Leon diz simplesmente pra contrariar.- Imagina, Dona Carmen. Eu jamais conseguiria, sem a senhora perto pra me orientar.- Pode me chamar só de Carmen, agora somos família. E não seja tão modesta, você tem o dom pra cozinha. Fico mais tranquila sabendo que tanto essa casa quanto meu filho, estão em boas mãos.Jen não consegue conter o sorriso. Mesmo que às pressas, cozin
Leon havia acabado de voltar pra casa depois de uma reunião exaustiva. Como de costume, ligou alguns monitores com acesso a todas as câmeras da residência. Gostava de ter ao fundo, o controle de tudo que se passava ao seu redor. De repente seus intensos olhos verdes captam o momento exato em que a imagem de Jeniffer a beira da piscina era transmitida, e seu semblante muda de maneira instantânea.- O que é isso? – pergunta quase que pra si mesmo – Xavier, avisa a sua senhora que eu quero falar com ela no meu escritório imediatamente.- Sim senhor.Alguns minutos depois, Jen passou pelas portas duplas de chinelo e com uma toalha de banho enrolada ao corpo.- Tira a toalha – ele ordena. Havia algo de autoritário na sua postura e tom, e alguma coisa além que não conseguiu decifrar, mas que deixava o interior de Jeniffer pegando fogo.- O quê? – a loira pergunta co
Uma semana após dividirem a cama, Jeniffer ainda se sentia uma intrusa. Seu marido só aparecia algumas horas depois que havia se recolhido, segundo Jen acreditava, torcendo para que ela já tivesse adormecido. Mas era só o corpo de Leon bater na roupa de cama cuidadosamente disposta, pro seu cheiro e calor fazerem Jeniffer despertar completamente. Havia prometido a si mesma, não fantasiar com nada romântico relacionado aos dois. Mas em algumas noites, quando Leon percebia que estava acordada, simplesmente montava em cima de Jeniffer, tomando seus lábios em um beijo intenso e profundo, a fazendo dele durante toda noite. Jen queria dizer não. Impor limites aquela relação que só a fazia sofrer, e se iludir com um futuro que jamais iria se concretizar. Precisava urgentemente apagar Marco De Leon das suas fantasias. Porém a cada vez que era ferozmente possuída por ele, tinha mais certeza que estava m
Jeniffer havia conseguido com muito esforço, tirar um pouco de dinheiro do pai, ela e a mãe estavam sem se alimentar desde a hora do almoço, pretendia comprar pão e leite pra fazerem um lanche antes de dormir, quando Gusmão, seu senhorio, apareceu…- Pensei que você e a moribunda da sua mãe já estavam mortas faz tempo, cadê meu dinheiro?- Sr. Gusmão, só me dê mais uma semana, eu juro que arrumo o dinheiro pra lhe pagar.- Promessa de morto de fome não vale um tostão furado, por que não deixa de ser orgulhosa, já disse que perdoo dois meses de aluguel se deixar eu me divertir com o seu corpo sempre que eu quiser – Jennifer apenas se afasta, se encolhendo em um canto onde outras casas de madeira se encontravam.Estava em um beco deserto e escuro com um homem perigoso, a quem boa parte da vizinhança humilde devia dinheiro, se gritasse ninguém sairia em seu socorro.- Tá passando fome porque quer, prefere ficar o dia inteiro embaixo de sol tentando vender essas rosas murchas, do que ga
Agora Jeniffer estava sentada em um carro de luxo, indo de encontro ao seu futuro marido, seu pai havia lhe dado alguns poucos minutos pra jogar uma água no corpo e colocar a melhor roupa que tivesse, era um vestido florido meio largo que havia ganho de Natal da igreja, era simples, não estava devidamente ajustado as suas curvas, mas a estampa era bonita e a cor realçava seus olhos, não tinha dinheiro pra maquiagem mas todos sempre elogiaram sua beleza natural, amarrou o cabelo um pouco ressecado em um coque alto e colocou brincos de bijuteria em formato de pérola. Nem se lembrava de quando havia se arrumado pela última vez, sempre dando prioridade a trabalhar muito pra trazer o máximo que conseguisse pra casa, o carro para bruscamente a tirando de seus devaneios. - Chegamos – Victor diz quando a porta do lado de Jeniffer se abre, e ela sai se deparando com a fachada de um motel. Ela dá um passo pra trás, mas o pai a puxa pelo braço a arrastando pra dentro do local. Chegando lá dep
Finalmente chegou o dia da cerimônia. Não teve mais notícias de Leon desde a noite no beco, e por incrível que pareça estava com saudades dele, ansiosa pra encontrá-lo novamente, e dessa vez seriam marido e mulher, dividiriam a mesma casa, e a mesma cama...Ao pensar nisso, Jeniffer sentia um misto de medo e excitação. Ficou mais tranquila quando foi informada que alguém viria algumas horas antes da cerimônia, trazendo seu vestido e pra lhe ajudar a se arrumar, já que não tinha a menor ideia do que deveria fazer. Jeniffer saía do banho quando o barulho da porta se abrindo a deteve.- Pode colocar o vestido sobre a cama, e saia!Só havia ouvido aquela voz uma única vez, mais seria eternamente incapaz de esquecer. Eva, sua madrasta, estava agora no recinto, os longos e lisos cabelos negros, os olhos verdes frios, a expressão dura, havia mudado bem pouco ao longo de todos esses anos, apenas parecendo ainda mais cruel que da última vez, quando Jen era apenas uma criança.- Muito bem! –
Eles iriam de carro até a outra ponta da propriedade onde se encontrava a entrada principal, assim que a porta do veículo se fechou, a voz intensa de Leon cobriu o espaço.- Quando chegarmos, exijo que tire esse vestido ridículo!- E o que devo colocar?- E eu que sei? Só tira essa monstruosidade da minha frente, me recuso a cumprimentar qualquer pessoa que eu conheça com você do meu lado usando isso. Vou descer na entrada principal, você entra pelos fundos, algum funcionário vai te levar até o andar dos quartos, lá com certeza vai achar algo melhor, nem que seja um lençol. Você ficará no quarto, não quero lembrar da sua existência até a hora da valsa e depois o bolo, assim podemos acabar de vez com essa palhaçada – o carro para, e Leon sai sem olhar pra trás, batendo com violência a porta atrás de si.Jeniffer se encolhe instintivamente com seu ato tão agressivo, e seca rapidamente as lágrimas que já teimavam a descer descontroladas dos seus olhos.Ao entrar pelos fundos, se deparou