O interior do carro estava envolto em um silêncio tenso, enquanto Caio e Carlos trocavam olhares significativos e, através de seu vínculo mental, travavam uma acalorada discussão. Em sua comunicação silenciosa, discutiam sobre quem teria a difícil tarefa de informar Tiffany que o namoro de apenas alguns dias tinha chegado ao fim. Ambos compartilhavam a responsabilidade, mas ainda não haviam decidido como abordar o assunto.Sentados lado a lado nos bancos da frente, a atmosfera era pesada. Caio dirigia com expressão séria, enquanto Carlos mantinha os olhos fixos na estrada, mas seu olhar revelava uma preocupação profunda. No banco traseiro, Tiffany chorava descontroladamente, o som de soluços interrompendo ocasionalmente o silêncio constrangedor.A maquiagem que antes realçava a beleza de Tiffany agora escorria pelo seu rosto. O rímel manchava as bochechas, e as lágrimas deixavam trilhas escuras através da base e do batom, transformando seu rosto bonito em uma visão desoladora. No enta
Os gêmeos não demoraram muito para voltarem para a casa dos pais. Ao entrarem, se depararam com uma reunião já em andamento na sala. Ella e Nolan, Mirella e Brad, Dilan e Andreza estavam presentes, e a atmosfera carregada indicava que uma conversa séria se desenrolava ali. Era evidente que as outras pessoas que estavam no jantar tinham sido excluídas dessa discussão crucial.Os gêmeos não precisaram perguntar se Maya estava presente, pois não havia nem traço do delicioso aroma dela permeando a casa. A vontade de ir atrás dela imediatamente pulsava em seus corações, mas as expressões sérias de seus pais e a expressão de raiva e medo dos pais de Maya os impediam de agir impulsivamente. Eles permaneceram, decidindo descobrir exatamente o que estava acontecendo antes de seguir o rastro de sua companheira.Carlos, inquieto, foi o primeiro a quebrar o silêncio tenso:"O que está acontecendo aqui?"Antes que Andreza pudesse responder, Mirella interveio com seriedade:"Esse assunto diz respei
Caio e Carlos já haviam ouvido o suficiente. A complexidade da situação em que se meteram exigia uma discussão privada, longe das expectativas e olhares dos outros. Sentiam a necessidade de ficarem sozinhos, de debaterem entre si as nuances dessa nova realidade que se apresentava diante deles.Decidiram, sem mais delongas, dar por encerrada aquela reunião na casa de seus pais. O silêncio carregado persistia quando Caio e Carlos se levantaram, trocando olhares cúmplices. Sem dizer uma palavra, saíram para a noite, deixando a atmosfera carregada para trás.Ao contrário do que muitos esperariam, os gêmeos não se transformaram. O medo do que suas feras descontroladas poderiam fazer era palpável. Em vez disso, como se atraídos por uma força magnética, começaram a caminhar em direção à vasta floresta que se estendia além do horizonte. A natureza parecia chamá-los, como se sussurrasse segredos antigos e oferecesse respostas que não poderiam ser encontradas em meio às quatro paredes de uma sa
Acima do penhasco, a luz da lua iluminava a área, destacando as formas das árvores e das rochas. No silêncio noturno, uma coruja sobrevoava a região, seus olhos fixos em Maya. Não piscava, como se estivesse em uma missão, determinada a não perder nenhum detalhe do que acontecia com ela. A presença da coruja, com sua sabedoria ancestral, adicionava uma camada mística à atmosfera.Maya, parada à beira do penhasco, sentiu a aproximação dos gêmeos muito antes deles emergirem da floresta. O cheiro celestial que emanava deles era inconfundível, uma fragrância que despertava memórias antigas e emoções conflitantes. Ela se preparou para a possível dor da rejeição, pois tinha certeza de que eles estavam ali por um motivo específico, rejeitá-la.Seu coração acelerou, e ela manteve os olhos fixos na escuridão à frente. Todo o corpo tenso, ela esperava pela aproximação dos gêmeos, sem se virar para olhá-los. A incerteza pairava no ar, como um véu que envolvia a cena, enquanto Maya se preparava pa
Longe dali, em seu esconderijo oculto, Justin se levantou do chão, liberando uma série de palavrões que ecoaram no ambiente silencioso. Ele acompanhava cada passo de Maya, observando através dos olhos da coruja que pairava sobre o penhasco. A habilidade de ver através dos olhos da criatura noturna fornecia a Justin uma perspectiva valiosa e oculta do que estava acontecendo, permitindo-lhe colar em prática seus planos obscuros de poder e sua obsessão por Maya. Quando os gêmeos se aproximaram de Maya, ele ficou furioso, pois algo lhe dizia que aquele encontro poderia atrapalhar seus planos.No entanto, quando os gêmeos olharam diretamente para a coruja, como se pudessem enxergar a própria presença de Justin nela, ele se assustou. Ao tentar escapar abruptamente, desequilibrou-se e caiu, espalhando maldições pelo esconderijo.O coração de Justin batia acelerado enquanto observava os gêmeos com uma mistura de raiva e medo. Eles não eram simples mortais; havia algo sobrenatural em seu olhar
Maya olhava incrédula para os gêmeos, esperando por uma confirmação das palavras de Carlos. Seus olhos buscavam nos de Caio e, com a mesma segurança do irmão, ele disse:"Esperava o quê? É nossa companheira, e vamos marcá-la como nossa."Um turbilhão de emoções tomou conta de Maya. O mundo ao seu redor parecia girar, e ela teve que respirar fundo para assimilar o significado das palavras dos gêmeos. Compreendendo a intensidade do compromisso que estas palavras significavam, um misto de ansiedade, excitação e medo a envolveu.Caio e Carlos se aproximaram imediatamente, preocupados com a possibilidade de Maya estar se sentindo mal por algo relacionado à transformação que a aguardava. Os olhos atentos dos gêmeos procuravam por sinais de desconforto ou hesitação em seus traços.Ao tocarem suavemente os braços de Maya, a explosão de sensações foi intensa. Uma corrente elétrica parecia percorrer o corpo dos três, conectando-os de maneira profunda e visceral. Maya sentiu um calor reconfortan
Maya chegou em sua casa com o coração acelerado, o perfume dos gêmeos ainda impregnado em sua pele e roupas. Sabia que o encontro com seus pais seria inevitável, mas, relutante em enfrentar uma conversa naquele momento, ela deslizou até a sacada do seu quarto, entrando sem fazer barulho. A noite estava calma, e a lua lançava uma luz suave sobre a paisagem tranquila.Deitando-se em sua cama, Maya encarou o teto, perdida em pensamentos. Murmurou em um sussurro: "Deusa, o que eu fiz para merecer isso?" Uma sensação contraditória de desespero e excitação se misturava dentro dela. Embora uma parte de Maya se questionasse sobre o rumo que sua vida estava tomando, um sorriso brincou em seus lábios. No fundo, ela sempre sonhara em ter os gêmeos só para ela, e agora essa fantasia se tornara realidade.Os olhos cansados de Maya fecharam-se lentamente, rendendo-se ao cansaço e à confusão que a dominavam. Enquanto ela mergulhava no sono, seus sonhos eram povoados por imagens de dois irmãos extrao
Logan e Mia caminhavam lado a lado, suas mãos se tocando de vez em quando, sentindo a eletricidade do vínculo de companheiros percorrer a ambos. Logan, com um gesto carinhoso, entrelaçou suas mãos, e juntos continuaram o caminho até a casa dele. Um silêncio confortável se instalou entre eles, apenas o som suave de seus passos na estrada e o murmúrio suave da brisa noturna. O céu estrelado acima deles e a lua, testemunhas silenciosas do início de uma nova história de amor, lançavam sua luz prateada sobre o casal. Logo, chegaram à casa de Logan, uma residência modesta, mas bem cuidada. A luz fraca na entrada destacava a beleza simples da casa. Mia olhou ao redor, curiosa, e perguntou: "Você mora com seus pais?" Logan sacudiu a cabeça suavemente e respondeu: "Não, somos só eu e Mia. Meus pais morreram na última guerra pelos Filhos da Lua." Houve um breve momento de silêncio, enquanto Mia processava a informação. Ela olhou para Logan com compaixão e disse: "Sinto muito." Logan