Maya enfrentou o corredor do hospital como uma guerreira adentrando o campo de batalha, os passos decididos ecoando em meio à tensão que pairava no ar. Cada batida do coração dela ressoava como um tambor, marcando o compasso de uma missão que transcenderia os limites do normal. Diante da porta da sala de emergência onde Daniel estava, a atmosfera se fez densa, como se o próprio destino espreitasse à espreita.
Ao cruzar a porta, foi como adentrar um redemoinho de desespero. Daniel jazia no leito, sua figura torcida por uma batalha interna que transcendia a compreensão humana. Seus olhos, normalmente lúcidos, agora refletiam uma dualidade selvagem, como se duas feras famintas lutassem por supremacia. Uma luta pela alma de Daniel.
Maya respirou fundo, sentindo a pressão do momento agravar-se a cada segundo que passava. Nunca antes ela tinha encarado uma crise tão brutal, como se a própria essência de Daniel estivesse sendo dilacerada. O tempo, implacável, fluía como uma correnteza furios