Simão franziu a testa novamente, pensando que ela era realmente teimosa.
- Ok. – Respondeu ele.
Clara suspirou aliviada com a falta de resistência dele e sentiu-se tocada.
- Ótimo, estarei lá pontualmente. – Disse Clara.
Ela aplicou o spray analgésico, aliviando um pouco a dor no tornozelo. Em seguida, abaixou a cabeça e organizou a caixa de remédios, colocando-a de volta no armário do hall de entrada.
Ao fechar a porta, ela disse uma última coisa:
- Descanse bem, então.
A expressão de Simão ficou ainda mais fria, uma sensação difícil de descrever.
Abafado, desconfortável.
Ele desfez a gravata, como se esse gesto dissipasse parte daquela emoção inexplicável.
Porém, ao desfazer a gravata, o movimento envolveu a mão ferida, fazendo-o franzir ligeiramente a testa devido à dor.
Era apenas uma mulher com quem ele não tinha muita intimidade, não havia necessidade de se importar com ela.
Clara nem sequer se importou com o que Simão poderia estar pensando, pois estava com pressa para resolver