Capítulo 95. Não se pode ignorar
Isabel olhava para Callum espantada por vê-lo ali e sobretudo pelas coisas que trouxe; nunca ninguém havia sido tão atencioso com ela a ponto de lembrar esse tipo de detalhe sobre seus gostos.
— Você se lembra disso? — perguntou em voz baixa, pegando a caixa entre suas mãos como se fosse um tesouro. Podia sentir suas bochechas vermelhas e as borboletas agitando-se em seu estômago.
Callum deu de ombros, como se não fosse importante, mas evitou olhá-la nos olhos.
— Não é algo que se esqueça facilmente — justificou-se ele de maneira evasiva.
O silêncio voltou a cair entre eles, mas desta vez não era desconfortável, e sim cheio de uma tensão sutil, carregada de palavras não ditas. Isabel não pôde evitar sorrir um pouco, embora seu coração batesse mais rápido. Estava agradecida, mas algo em seu peito se apertava. Não sabia como processar o que estava acontecendo entre eles.
— Obrigada — disse ela, sentindo que suas palavras eram insuficientes.
— Não precisa me agradecer — respondeu Ca