Julieta caminhava apressadamente pelas ruas estreitas e escuras da cidade, segurando seu casaco com força para se proteger do frio noturno e sua sacola de comida na outra mão. O vento soprava com fúria, levantando seu cabelo e fazendo seus passos ecoarem no pavimento deserto. No carro de Maximiliano, ela havia tirado os grampos que prendiam seu penteado e o deixou solto; sua cabeça já latejava de dor. Ela havia combinado de ir à festa de Tomás, mas já não estava com vontade de dançar e beber; ela não podia mais beber nada; ela decidiu caminhar sozinha de volta para casa.
“Eu deveria ter pegado um táxi”, ela pensou enquanto acelerava o passo. As luzes dos postes mal iluminavam seu caminho, e o eco de seus saltos parecia ressoar com maior intensidade na quietude da noite.
De repente, um arrepio percorreu suas costas. Ela sentiu que alguém a seguia, e apressou o passo, querendo se afastar discretamente.
Julieta virou a cabeça levemente, e lá estavam: duas figuras sombrias emergindo da