Isabela se mudou para o meu quarto.
Eu, por outro lado, não fui para o dela.
Acabei escolhendo um quarto de hóspedes qualquer para ficar.
As roupas de cama que os empregados prepararam estavam úmidas e frias, mas isso pouco me importava.
Me deitei com a roupa que vestia e fechei os olhos.
Era só questão de aguentar mais alguns dias. Depois disso, tudo estaria finalmente acabado.
No dia seguinte, logo pela manhã, desci as escadas e me deparei com uma cena que me deixou sem chão.
No salão lateral, o altar com a foto e as oferendas da mamãe estava completamente destruído.
A foto dela, jogada ao chão, tinha o vidro do porta-retratos quebrado e marcas de pegadas sujas sobre a imagem.
A expressão sorridente que ela tinha na foto agora parecia cheia de dor e desespero.
As oferendas estavam espalhadas pelo chão, e o cachorro de Isabela mastigava os restos como se fossem brinquedos.
E Isabela? Ela estava ao lado, batendo palmas e rindo, como se aquilo fosse uma brincadeira.
Senti meu sangue sub