Nosso casamento aconteceu na primavera do segundo ano.
Como prometido quando éramos jovens, Lina foi a única madrinha que eu quis ao meu lado.
Eu não avisei ninguém de Bela Vista, nem família, nem amigos. Contudo, de algum jeito, a notícia se espalhou.
No grande dia, tanto meu pai quanto Eduardo apareceram sem nenhum aviso.
Gael veio até mim, buscando minha opinião. Enquanto a maquiadora me preparava, levantei os olhos e vi minha imagem refletida no espelho, ao lado do meu futuro marido.
O visual da noiva exigia algo mais marcante, então, ao olhar para o espelho, percebi o quanto estava diferente do meu dia a dia.
Era como uma flor que Gael plantou especialmente para mim no nosso quarto de casamento. Uma begônia tímida, que começava a desabrochar, mas já exalava sua beleza.
Gael, com seu terno preto, estava ainda mais irresistível.
Nos olhamos por um instante e, naquele olhar, compartilhamos um sorriso silencioso.
— Eu não quero vê-los.
Gael não hesitou e, com um gesto tranquilo, diss