Capítulo 15
A última imagem que Eduardo tinha de Mariana era aquele olhar que ela lhe lançou antes de partir.

Era um olhar vazio, sem ondas, sem emoções.

Como se ele fosse apenas mais um estranho. Um figurante irrelevante na história da vida dela.

De repente, Eduardo se levantou de supetão. Estava prestes a sair quando a porta se abriu e Isabela entrou.

— Edu...

A voz dela era suave, e aquele jeito frágil, quase tímido, estava mais uma vez estampado em seu rosto.

Os olhos grandes, sempre brilhantes, pareciam estar à beira das lágrimas, como se ela tivesse acabado de ser injustiçada.

— Você de novo bebeu demais. Amanhã vai reclamar que está com dor de cabeça, né? — Disse Isabela, com uma voz cheia de preocupação. Com delicadeza, ela segurou o braço dele.

Eduardo abriu a boca para falar, mas no mesmo instante sentiu aquele perfume familiar.

Ele ficou imóvel, as palavras que estavam prestes a sair morreram antes de alcançar seus lábios. A mão que ia empurrar Isabela parou no ar.

— Que cheiro bom é es
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