— Eu sou mesmo alérgica a pêssego! Meu pai sabe disso. Foi ele quem descobriu que a Mariana mandou a empregada passar suco de pêssego na minha cama... — Explicou Isabela, enquanto chorava com a mão no rosto, cheia de indignação.
— Chega de mentiras! — Eduardo deu um passo à frente, agarrando a gola da blusa de Isabela com força.
Ele era muito alto, e naquele momento praticamente levantou Isabela do chão.
— Edu... Solta! Eu não consigo respirar!
Ela se debatia, mas Eduardo apenas a encarava de cima, os olhos fixos nela, enquanto seu rosto, tão bonito, ia se contorcendo de raiva.
— Isabela, você esqueceu que está usando o perfume preferido da Mariana? Aquele que eu comprei pra ela tantas vezes? Só que, com o tempo, eu mesmo acabei esquecendo...
Eduardo soltou uma risada amarga, cheia de autoironia. Ele havia esquecido tantas coisas.
Esqueceu o quanto Mariana tinha sido devotada a ele durante todos aqueles anos.
Esqueceu o quanto ela o amou profundamente, com cada gesto e cada palavra.
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