A tarde se derramava sobre Raventon com tons alaranjados quando Brianna, Klaus, Peter e Thanar cruzaram os portais que levavam aos limites da cidade. A estrada de pedras antigas se abria diante deles como um lembrete do passado que insistia em retornar. O destino era um lugar esquecido por muitos e temido pelos poucos que ainda se lembravam: as ruínas do Oráculo Negro, ocultas nas profundezas da Floresta Cinzenta.
Thanar caminhava adiante, guiado por uma memória que parecia mais instinto do que lembrança concreta. O silêncio da floresta, quebrado apenas pelo som de folhas secas sob os pés e o farfalhar de corvos nas árvores retorcidas, carregava um peso quase místico. Klaus mantinha a mão no cabo da espada presa à cintura. Peter, silencioso, olhava para os galhos com olhos atentos, como se esperasse que algo surgisse das sombras a qualquer momento.
— Isso costumava ser um lugar de sabedoria — disse Thanar, parando diante de uma clareira tomada por ruínas cobertas de musgo e trepadeira