O dia seguinte amanheceu preguiçoso sobre Raventon, como se o próprio tempo hesitasse em seguir adiante após a noite de celebração. A neblina matinal abraçava as árvores ao redor da casa Silver, e o canto suave dos pássaros parecia mais presente do que nunca, como se a natureza reconhecesse a trégua e decidisse abençoá-la.
Brianna acordou com o calor dos corpos ao seu redor, envolta entre Peter e Klaus, como num casulo feito de calor e promessas. Demorou alguns minutos até conseguir se mover, não por preguiça, mas pelo medo de romper aquele instante sagrado.
Levantou-se com cuidado, vestiu uma camisola leve e caminhou até a sacada. A brisa da manhã acariciou sua pele, e ela levou a mão ao ventre, sentindo novamente a presença silenciosa que crescia ali. Sorriu, mas havia algo no fundo de seus pensamentos — um incômodo leve, como um pressentimento sutil, quase imperceptível.
Lá embaixo, na entrada da propriedade, alguém se aproximava.
A figura caminhava com a cabeça baixa, o corpo encu