Ela escondeu o dinheiro, pensando em um plano para entregá-lo à família.
Quando o marido voltou do campo, ela o cercou enquanto ele lavava as mãos e, mais uma vez, insistiu:
“Raul, preciso visitar minha família.”
“Iremos em breve, tenha paciência. Ando muito ocupado, você sabe.”
Felícia deu um suspiro de preocupação, imaginando os perrengues que a sua família estava passando em consequência da seca.
Ela mexia sem ânimo no prato, sem apreciar o delicioso jantar. Observava a fartura exposta na mesa e ouvia a família do marido exibir histórias de vanglória e vaidade.
Antes mesmo de finalizar a refeição, ela saiu triste e desanimada. Estava vivendo razoavelmente bem enquanto a família vivia na miséria. Ela sempre teve uma vida boa na fazenda de seu pai e se perguntava como sua família caiu em uma decadência tão cruel.
À noite, Raul entrou no quarto e ela já estava deitada, mas não dormia. Seus cabelos castanhos, longos e sedosos se esparramavam pela cama.
Ele a obse