Felícia, ao ver o marido naquelas condições, o levou para o banheiro e o ajudou a tomar um banho, repreendendo-o com um sermão:
 “Nunca mais faça isso, não vou aturar esse comportamento. Você é um homem casado e tem que se comportar de acordo. As pessoas vão falar e vão comentar. Isso é feio!”
 Ele retrucou, ressentido e com a voz embargada pelo efeito do álcool:
 “Feio foi o que você fez... nosso casamento já está na lama. A sua família e a minha são uma vergonha.”
 “Raul, se você quer vingança, você não terá. Não vou tolerar humilhações, da próxima vez juro que te deixo e vou embora. Não quero continuar com você agindo dessa forma.”
 “Você não está presa a mim, mulher! Quando desejar, pode partir.”
 Felícia o deixou e deitou na cama, emburrada e tristonha.
 Raul terminou seu banho e também caiu na cama.
 No outro dia, ele não lembrava de nada. Acordou com uma tremenda ressaca e com raiva de si mesmo por ter sido tão depravado.
 Felícia seguia o seu dia na rotina de sempre, a