A surpresa no rosto de Charlene era evidente, afinal, ela descobria que tinha fracassado, mais uma vez.
Enquanto isso, Deirdre, que encarava os olhos opressivos de Charlene, parecia calma e serena. Era como se ela não estivesse enfrentando um inimigo que, um dia, tentou matá-la. Com uma voz neutra, perguntou:
― Charlene, como você está? Faz umas duas semanas, desde a última vez que nos encontramos, não é? ―
A mulher recuperou a calma e sorriu:
― Sinto muito por não te entender do que está falando. O que sei é que não nos vemos desde que nos despedimos, em Neve. Na verdade, tenho me questionado por que a polícia veio até mim. Mas, agora tudo faz sentido! Acontece que você está tentando se vingar, conspirando contra mim, porque está com ciúmes de seu ex-marido, que se apaixonou por mim e quer se casar comigo. ―
― Então, você não vai confessar, de qualquer maneira, certo? ― disse Deirdre enquanto olhava para Charlene.
Enquanto piscava os olhos, Charlene rebateu:
― O que você quer q