O salão estava tomado. As ômegas se encolhiam em grupos, algumas com olhares de desafio, outras escondendo a vergonha atrás dos cabelos desgrenhados. Lobos dispersos assistiam, alguns cruzando os braços, outros apenas observando, mastigando a própria revolta.
Narelle subiu no tablado central. Os saltos firmes, o olhar afiado, a postura de quem não aceita discussão.
“A partir de hoje...” — sua voz ecoou, cortando qualquer murmúrio — “não existirão mais segredos dentro desta alcatéia. Quem carrega um filho... terá o dever de informar PUBLICAMENTE quem é o pai.”
O silêncio virou um rugido abafado.
“E não me interessa se foram dois, três ou cinco... Vocês vão dizer! Vão nomear. Quem tocou em vocês. Quem deitou. Quem possui agora uma responsabilidade sobre o que colocou dentro do ventre de cada uma.”
Algumas arregalaram os olhos, outras abaixaram a cabeça, e outras... riram, cínicas.
“Chega dessas festas clandestinas, desses rituais podres, dessas cópulas às cegas onde nem vocês sabem quem