MAYA
Eu sentia um desejo avassalador de desaparecer. Como era possível que os poderes de Dante tivessem me levado a um mundo onde só existiam monstros malignos, segundo ele, invocados por mim? De acordo com suas palavras, eu possuía energias destinadas ao mal e, por essa razão, tinha que acabar com tudo de bom neste mundo.
Balançava a cabeça desesperadamente, querendo me jogar no abismo e ficar lá para sempre. Mas então me lembrei que dentro de mim crescia uma vida, meu bebê, e que ele deveria nascer e crescer forte ao lado do pai.
Eu caminhava por um lugar escuro, como um letargo sem fim. Não sabia o que fazer nem o que pensar, apenas ouvia as vozes e risadas daqueles seres repugnantes.
— O que você fez com ele, pai?
— Agora a verdadeira ela vai nascer — dizia Dante.
— Mas como? Ela ainda está grávida. Você não disse que era difícil ela recuperar seus poderes?
— Seus poderes reais, não seus poderes malignos. Lembre-se de que a flor lunar tinha duas identidades. Eu fiz um pouco mais p