ONZE

Abla Dinis

— Se é tão esperta, por que não explica a cena de crime seguinte. — Ela disse destilando seu veneno, mas comigo não, meu amor, eu já sou imune a esse tipo de peçonha.

— Com maior prazer! — Me aproximei e virei para a imagem projetada. — Posso, senhor Riddick? — Perguntei, me referindo à cena de crime no telão. Ele respondeu-me com um menear de cabeça. Voltei-me para os futuros agentes e perguntei. — Para vocês, o que é crime? — Todos estavam calados, ninguém fez menção de responder, então eu mesma escolhi. É, sou muito vingativa. — Você, agente 4, responda à pergunta. — Ela me olhou feio e ficou calada.

— Vamos! Por acaso está surda? — Meu chefe falou, já impaciente. Não sei se comigo, ou se com ela.

É, paciência não é seu nome.

— Desculpa senhor! — A vadia disso toda doce.

— Então agente 4? — Questionei irritada.

— É um fato material… — Nem a deixei terminar. Já começou falando merda.

— Está errado! — O senhor Riddick fala antes que eu diga algo.

Olhei para o agente 10,
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