Playboy
Ela me encara com os olhinhos mais inocentes que eu já conheci, e nega com a cabeça quando coloco a mão na maçaneta da porta, para destrancar.
— Espera! — ela vem em minha direção e segura meu punho, me puxando para trás novamente — minha mãe chegou.
— Não tem ninguém aqui, Cinderela.
— Ela chegou.
— Como sabe? — pergunto a ela que já me olha apreensiva.
— Ouvi ela acionar o alarme. Você não pode sair!
— Eu pulo a janela de novo. — aviso.
— Não, as câmeras estão ligadas agora. Quando você entrou não estavam, mas agora estão. Você não pode sair, vai ter que esperar até serem desligadas novamente.
— E quando isso acontece?
— Amanhã, quando ela sair pra trabalhar. — encaro ela com os braços cruzados, percebendo o quão tensa ela fica quando está tão perto de mim.
— Lis! — ouço a voz da mãe dela que já se aproxima da porta de seu quarto.
— Por favor, pode ficar no banheiro até ela ir pro quarto?
— Meu carro está estacionado aí na porta, ela já deve saber que tem alguém aqu