( Amber Petrova )
— A cada oito horas, pelos próximos três dias, ouviu bem, Srta. Petrova?
Estava trancada na enfermaria com a pior das médicas. Nunca vou entender porque essa mulher escolheu essa profissão quando a faz com puro desgosto.
— Ouvi!
— E na próxima vez não demore tanto tempo para procurar por um médico.
— Sabe porque não vim antes... — Comento de cabeça baixa.
— Pela quantidade de vezes que já veio aqui, já deveria ter aprendido que não podemos expor os quadros clínicos.
Não era a minha primeira vez aqui, talvez fosse a nona, ou décima. A equipe médica de fato era bem sigilosa, mas eu sabia que esse sigilo só ocorria porque envolvia o famoso Oliver Parker. E aqui ninguém ousaria manchar a reputação dele.
— Obrigada, doutora! — Digo seguindo para saída.
— Até a próxima, Amber! — Despediu-se fazendo minhas pegadas travarem.
Próxima?
Me viro para ela e pronuncio o finalizar de um ciclo doentio.
— Não terá uma próxima!
(...)
— AMBER! — No corredor a caminho do meu quarto, um