— Você acordou.
A voz fez Eloise gelar. Ela virou-se devagar e viu Jonas encostado no batente da porta. Estava mais magro do que lembrava, o cabelo bagunçado e um olhar difícil de decifrar.
— Jonas? — Sua garganta arranhou ao dizer o nome. — O que está acontecendo? Por que eu estou aqui?
Ele ergueu as mãos, como se quisesse acalmá-la.
— Calma. Você desmaiou. Trouxeram você pra cá pra se recuperar. Não quer beber um pouco de água? Ou comer algo?
— Água? — Ela riu nervosamente. — Você aparece do nada, me tira da estrada à força, e quer que eu beba água? — A raiva começou a vencer o medo. — Onde está o meu carro, Jonas? Quem são aquelas pessoas? Porque estou aqui?
Ele desviou o olhar, caminhou até uma poltrona e se sentou, apoiando os cotovelos nos joelhos.
— Eu não queria que fosse assim. Mas você estava indo longe demais, Eloise. Não me deixou escolha.
— “Longe demais”? Quem está indo longe demais aqui e você. Você me sequestrou! — A palavra saiu alta, ecoando na sala. — Isso